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Para um amigo tenho sempre
Para um amigo tenho sempre um relógio 
esquecido em qualquer fundo de algibeira. 
Mas esse relógio não marca o tempo inútil. 
São restos de tabaco e de ternura rápida. 
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. 
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. 
António Ramos Rosa (n. 1924)
(do livro «Viagem Através de uma Nebulosa» - 1960)
Bem bonito. Gostei!
ResponderEliminara) Mila