quinta-feira, 17 de julho de 2014

CONTATINAS (com Luís Correia Carmelo e Nuno Morão)

23 de Julho às 21h30
SMUP
Entrada livre


"BOCA - palavras que alimentam" apresenta o projeto Contatinas (contos e concertina) com Luís Correia Carmelo e Nuno Morão.

Contatinas é o 4.º título da colecção HOT – Histórias Oralmente Transmissíveis, através da qual a BOCA, em parceria com o IELT – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, pretende registar e actualizar os vários géneros da literatura de tradição oral, homenageando os nossos melhores contadores.

Luís Correia Carmelo tem formação de actor, mas tornou-se um prodigioso narrador oral e um investigador das formas e conteúdos do seu ofício, com mestrado feito sobre a morte nos contos tradicionais e doutoramento em curso sobre as técnicas interpretativas da narração oral contemporânea.

Nuno Morão é músico, sonoplasta e editor boquense. Juntos, desvelam 8 contos à concertina (acompanhada de percussões, melódica e ukelele), num espectáculo com a duração de 60 minutos.

Luís Carmelo narra e toca concertina, Nuno Morão é o companheiro de vários instrumentos.

Conhecer mais.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Combat Jazz Series - Cortex (11 de Julho)

CORTEX – Combat Jazz Series
11 de Julho, 21h30, SMUP Parede
Sócios: 4€, n/ sócios 5€

Os membros deste quarteto vindo da Noruega fazem parte dessa nova geração que está a mudar a face do jazz no Norte da Europa, envolvidos em formações como Honest John, Saka, Friends & Neighbors, All Included, The Heat Death, Team Hegdal, Zanussi 5 e Matthias Eick Quintet. Cortex pratica um jazz energético que tem como referências tanto a longa e profícua associação de Don Cherry com Ornette Coleman como a mais recente de Dave Douglas com John Zorn, no formato original dos Masada – o instrumentário é o mesmo, com trompete (Thomas Johansson), saxofone (Kristoffer Berre Alberts), contrabaixo (Ola Hoyer) e bateria (Gard Nilssen).

O que distingue o grupo é a valorização do factor intensidade. Os títulos das peças que editou em disco dizem tudo quanto a isso: “Nicotine”, “Endorphine” e “Desibel” são três exemplos que remetem para factores de excitação dos sentidos. O que quer dizer que Johansson e os seus parceiros são menos subtis do que aquilo que ouvimos em discos históricos como “The Shape of Jazz to Come” e “Alef” – preferem cortar a direito para chegarem onde desejam. E no entanto, trabalham mais a melodia e a pulsação, com a música a parecer assim menos escura e mais leve. Como se fosse um passeio na montanha em plena Primavera, para repetir as palavras de um crítico.














COMBAT JAZZ SERIES (powered by Clean Feed)

+info: allaboutjazz
+ info: thomasjohansson

Combat Jazz Series - BALONI (17 de Julho)

BALONI – Combat Jazz Series
17 de Julho, 21h30, SMUP Parede
Sócios: 4€, n/ sócios 5€

O trio de Joachim Badenhorst, Frantz Loriot e  Pascal Niggenkemper caracteriza-se por tocar um jazz incaracterístico que mais parece criar estados de espírito do que propriamente narrativas. Cada tema do novo álbum “?????” é como uma paisagem sonora, numa quietude ameaçadora que evoca os momentos anteriores ao desabar de uma tempestade. O projecto reúne músicos europeus radicados em Nova Iorque e isso significa que combina o melhor de dois mundos, ou dois entendimentos do que é hoje o jazz: se por um lado lida preferencialmente com texturas e “ruídos” (no sentido de “sons não musicais”), o que vem identificando os preceitos da improvisação no Velho Continente desde a década de 1960, segue também um modelo de associação com o composto que é muito americano.

























Combat Jazz Series — Gorilla Mask (20 de Julho)

Peter van Huffel’s Gorilla Mask Combat Jazz Series
20 de Julho, SMUP Parede
Peter Van Huffel – alto saxophone 
Roland Fidezius – electric bass, effects 
Rudi Fischerlehner – drums, percussion 

Podia ser o que no rock se chama “power trio”, mas não é. Ou é, se bem que no lugar da guitarra eléctrica esteja o sax alto de Peter van Huffel e a música proposta venha tanto dessa herança como da do jazz – ou sobretudo do jazz. Há nos Gorilla Mask algo da energia distorcida da banda punk Black Flag, mas Huffel continua essa linhagem saxofonística que passou por Charlie Parker e Eric Dolphy para desaguar no especialmente explosivo Peter Brotzmann. Em apresentação está o álbum “Bite My Blues” e o que este título anuncia é o que podemos ouvir: uma música fortemente enraizada nos mesmos blues que deram origem tanto ao jazz como ao rock. Gorilla Mask é muito diferente, pois, desse outro projecto com a participação do músico canadiano, House of Mirrors, em que as influências de Ligeti e Messiaen determinam uma abordagem camerística. Agora, é tudo bem mais directo: Gorilla Mask fixa-nos de frente e sem rodeios, sempre tentando tirar-nos o tapete debaixo dos pés. O contrabaixista Roland Fidezius e o baterista Rudi Fischerlehner agem como uma máquina de produzir “riffs”, mantendo-nos os músculos tensos e os ouvidos abertos, e Peter van Huffel ora salta e dança no topo ora mergulha no meio de todo o ritmo e toda a convulsão sonora, tentando atingir territórios desconhecidos. Sem nunca nos cansar e sem dar tréguas a si mesmo.

+ info



















COMBAT JAZZ SERIES (POWERED BY CLEAN FEED)