* * *
(As palavras começam a ficar velhas)
As palavras começam a ficar velhas: têm
dores nas articulações e rangem, de vez
em quando, sem razão; reclamam óleos
e resinas, tempo e açúcares mais lentos.
dores nas articulações e rangem, de vez
em quando, sem razão; reclamam óleos
e resinas, tempo e açúcares mais lentos.
Mas também eu estou velha demais para
oficinas, tão cansada de livros e papéis,
morta por viver outras coisas - por amor,
oficinas, tão cansada de livros e papéis,
morta por viver outras coisas - por amor,
talvez espreitasse de novo nas mangas do
mundo e escrevesse uma fiada de búzios
no pulso da areia. Mas quantos dos teus
beijos perderia? Perdoem-me os que
mundo e escrevesse uma fiada de búzios
no pulso da areia. Mas quantos dos teus
beijos perderia? Perdoem-me os que
ainda esperam por mim. Não sei se volto.
Maria do Rosário Pedreira (n. 1959)
(do livro «Poesia Reunida» - Quetzal, 2012)
Boa tarde, como posso ter acesso ao contacto para saber informações sobre aulas de flauta transversal através da banda da SMUP? Obrigado
ResponderEliminar